Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. (1João 4:12)
A parte do texto que fala que ninguém jamais vou a Deus parece que está perdida no contexto, só que não. Se olharmos com atenção vamos perceber que está totalmente integrada ao restante.
Se observarmos desde o início João está falando do amor de Deus e mais ainda ele fala que Deus é amor. Ora se Deus é amor então quando há uma expressão de amor, há uma expressão de Deus.
Mas, calma lá, temos que entender bem o que é esse amor. Precisamos compreender corretamente que amor é esse de que João está falando.
Na língua portuguesa só há uma palavra para amor, seja ele sexual, de amizade, de filiação ou de entrega, sacrifício, mas no grego há três e João usa aqui aquela que expressa o sacrifício, a entrega. Não é sexo e nem uma relação de proximidade, mas a relação de se sacrificar ao outro. Sacrifício não é sofrimento, é entrega.
Observando toda a carta de João nem precisaríamos dessa informação quanto ao grego. Já em 3:16 ele diz como se conhece o amor: em que Cristo deu sua vida por nós… Isso é literal. Ele viveu e morreu em nosso lugar. O que ele fez foi por nós. Não por ele, não por interesse, mas por entrega, em sacrifício.
Mas João não para por aí, ele diz “e por isso devemos dar a nossa vida pelos irmãos”. Não vou entrar no mérito de quem são os irmãos, vou deixar para sua consciência se são os da sua fé, dá sua família, do seu país, nação, tribo.
O que é relevante para nós neste contexto é dar a nossa vida por eles! E dar aqui, observe, não é no sentido figurado, mas prático, fático. É dedicação e se necessário, morte!
Por isso o amor de Deus é tão grande, por isso Deus é amor. Jesus é Deus encarnado e, portanto, não apenas o filho de Deus, o que já seria muita coisa, mas ainda mais o próprio Deus, o amor palpável, o qual aqueles que amam tornam visível aos outros.
Então você já pensou na possibilidade de que a expressão desse amor de entrega, sacrificial – de quando você faz companhia a um doente, dá carinho a um idoso, abrigo aos moradores de rua, alimento àquele que não tem como comprar, visita ao encarcerado, tudo isso e muitas outras coisas, – é a expressão que está fazendo Deus ser visível nos dias de hoje e que é assim que demonstramos que Jesus é o verdadeiro Deus?
Notemos mais, quando é uma atividade ou uma ação de caridade, não é amor. Como Paulo diz em 1 Coríntios 13:1-3, se não tiver amor, nada disso me aproveitará, ou seja, se não tiver Jesus, o Deus que é amor, não passará de uma boa ação.
Lucas Brizzola
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