Tanto conhecimento
tantas mesas vazias
dezenas de estantes
centenas de livros.
Pessoas à porta que não podem ler,
não sabem ler.
Milhões de palavras,
de letras, bilhões.
As mesas continuam vazias
as letras nada custam,
estão à disposição
mas, não encontram leitores.
Onde estão? Lá fora à procura de pão
tentando morar… em casas
moram à porta da Biblioteca Mário de Andrade
eles têm fome.
Não encontrarão as letras que os esperam
precisam comer, morar… aprender!
As mesas continuam vazias
e o conhecimento não conhece a nação.
Escrita em 30/09/2010
Publicada na Antologia do I Concurso Nacional de Poesia da Academia Tocantinense de Letras – ATL, 2006, p. 43